Alterações morfológicas e carga parasitária da adrenal de cães com leishmaniose visceral
Momo, ClaudiaRocha, Nathália Alves de SouzaMoreira, Pamela Rodrigues ReinaMunari, Danísio PradoBomfim, Suely Regina MogamiRozza, Daniela BernadeteVasconcelos, Rosemeri de Oliveira
O objetivo deste estudo foi analisar as alterações morfológicas e a carga parasitária da glândula adrenal de 45 cães com leishmaniose visceral (LV). Os animais eram provenientes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Araçatuba (SP), região endêmica para a doença. Esses animais são submetidos à eutanásia, devido ao diagnóstico positivo para LV. Os cães foram classificados nos grupos assintomático, oligossintomático e sintomático. A determinação da carga parasitária foi feita por imuno-histoquímica, com utilização de soro hiperimune de cão positivo para LV. Em nove cães, verificou-se um infiltrado inflamatório, composto predominantemente por plasmócitos e macrófagos. Entretanto, apenas oito cães apresentaram macrófagos com formas amastigotas do parasito imunomarcadas em seu citoplasma. As camadas medular e reticulada foram as mais afetadas, possivelmente por um microambiente favorável criado pelos hormônios nestas regiões. A densidade de parasitos no tecido glandular não foi relacionada com os sinais clínicos de LV (P > 0,05). No entanto, a presença do parasito sempre esteve associada à presença de infiltrado inflamatório granulomatoso. Possivelmente, essa glândula não é um sítio ideal para a multiplicação do protozoário, mas a presença de injúrias no tecido glandular poderia influenciar o sistema imune do cão, favorecendo a sobrevivência do parasito nos diferentes órgãos do hospedeiro.
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