Helmintos de saguis (Callithrix sp.) híbridos de vida livre vivendo em ambientes com alta atividade humana
Tavela, Alexandre de OliveiraFuzessy, Lisieux FrancoSilva, Vinicius Herold Dornelas eSilva, Fernanda de Fátima Rodrigues daCarretta Junior, MoacirSilva, Ita de OliveiraSouza, Vanner Boere
O objetivo do presente estudo foi a identificação da helmintofauna em saguis híbridos e introduzidos, por meio de análises de amostras fecais. O estudo envolveu 51 saguis do gênero Callithrix, de cinco grupos que ocupam áreas com diferentes impactos humanos. Os saguis foram capturados com armadilha de múltiplas entradas e anestesiados. Fezes foram colhidas, refrigeradas e analisadas pela técnica de sedimentação (Hoffmann-Pons-Janner). Ovos e parasitas foram identificados, mas não contados. A maior parte dos saguis (86%) estava parasitado por, pelo menos, uma espécie de helminto. Do grupo infectado, 37% apresentou coinfecção. A diversidade helmíntica intestinal incluiu quatro táxons diferentes: Primasubulura jacchi, Ancylostomatidae, Prosthenorchis sp. e Dilepididae. P. jacchi e Ancylostomatidae apresentaram as maiores prevalências (> 80% e > 40%, respectivamente) e foram encontrados em todos os grupos. As espécies de Dilepididae apresentaram aproximadamente 30% da prevalência e foram encontrados em quase todos os grupos. A espécie Prosthenorchis sp. apresentou prevalência relativamente baixa (< 10%) e foi encontrado somente em um grupo. Considerando que duas das espécies são parasitas comumente descritos para saguis e primatas (P. jacchi e Prosthenorchis sp.), este estudo consiste no primeiro registro para Ancylostomatidae e Dilepididae. Fatores como o comportamento alimentar e o contato com o homem e outras espécies de primatas não humanos, parecem ser determinantes na contaminação dos saguis.
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