VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 360-366

Detecção molecular de Ehrlichia canis e Anaplasma platys em cães do sul do Brasil

Lasta, Camila SerinaSantos, Andrea Pires dosMessick, Joanne BelleOliveira, Simone TostesBiondo, Alexander WelkerVieira, Rafael Felipe da CostaDalmolin, Magnus LarruscaimDiaz González, Félix Hilario

O objetivo deste estudo foi determinar a ocorrência de Anaplasma platys e Ehrlichia canis em cães de Porto Alegre, sul do Brasil, sua detecção molecular e associação com anormalidades hematológicas. Amostras séricas de 196 cães foram inicialmente triadas por dot-ELISA para a presença de anticorpos contra Anaplasma spp. e Ehrlichia canis. Amostras de sangue periférico de 199 cães foram submetidas à nested PCR (16S rRNA) para A. platys e E. canis, seguido de sequenciamento do DNA para confirmar a identidade do agente. Do total, 19/196 (9,69%) amostras foram positivas para Anaplasma spp. por dot-ELISA e 28/199 (14,07%) por nPCR. Todas as amostras dos cães foram negativas para E. canis no teste sorológico anti-E. canis e também na nPCR. Não houve diferença significativa nos parâmetros hematológicos, exceto a contagem de basófilos, que apresentou valores mais altos em cães positivos na nPCR para A. platys. Este é o primeiro relato da presença de A. platys no Rio Grande do Sul, e a primeira detecção molecular do agente no sul do Brasil. Em conclusão, parâmetros hematológicos não são suficientes para diagnosticar a infecção por A. platys em cães, provavelmente devido sua baixa patogenicidade ou infecção crônica. Por outro lado, E. canis parece ter ocorrência baixa ou mesmo nula em cães de Porto Alegre.

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