Aspectos soroepidemiológicos de Leishmania spp em cães na microrregião de Itaguaí, Rio de Janeiro, Brasil
Silva, Claudia Bezerra daVilela, Joice Aparecida RezendePires, Marcus SandesSantos, Huarrisson AzevedoFalqueto, AlinePeixoto, Maristela PeckleOliveira, Thais de AndradeSantos, Fernanda NunesSilva, Valmir LaurentinoSanavria, ArgemiroMassard, Carlos Luiz
Este estudo avaliou os fatores associados à frequência de anticorpos específicos para Leishmania spp. em cães domiciliados na microrregião de Itaguaí, Rio de Janeiro. Foram colhidas amostras de sangue de 524 cães. As amostras de soro foram submetidas a reação de imunofluorescência indireta (RIFI) e ensaio imunoenzimático indireto (ELISA-teste) para Leishmania spp. A frequência de cães soropositivos foi de 28,24% (n = 148) na microrregião e, entre os três municípios avaliados, a maior frequência (p < 0,05) foi observada em Seropédica (59,46%), seguida de Itaguaí (29,05%) e Mangaratiba (11,49%). Em relação aos fatores associados ao hospedeiro, observou-se que cães sem raça definida e aqueles com idade acima de dois anos apresentaram maior frequência de anticorpos para Leishmania spp. (p < 0,05). Em relação aos fatores relacionados ao ambiente e ao hábito do animal, os cães residentes em áreas rurais (RF = 1,67, p = 0,0002), animais que vivem fora da residência (RF = 1,42, p = 0,0197), com acesso à mata, córregos e pastagens (FR = 2,81, p = 0,0007), que permanecem soltos (RF = 1,66, p = 0,0073), e aqueles que não possuem abrigo (RF = 2,16, p < 0,0001) apresentaram maior chance de serem soropositivos. A leishmaniose canina é uma enfermidade com elevada ocorrência na microrregião de Itaguai, e aspectos como definição racial, idade, hábitos e cuidados estabelecidos pelo proprietário mostraram associação significativa nessa microrregião.
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