Soroprevalência de anticorpos de classe IgG contra Anaplasma marginale em bovinos da região Sul de Moçambique
Tembue, António Amélia MucalaneSilva, Jenevaldo Barbosa daSilva, Fábio Jorge Moreira daPires, Marcus SandesBaldani, Cristiane DivanSoares, Cleber OliveiraMassard, Carlos LuizFonseca, Adivaldo Henrique da
O objetivo do presente estudo foi investigar a soroprevalência de anticorpos da classe IgG contra Anaplasma marginale em bovinos de corte da região Sul de Moçambique. Para esse efeito, 809 amostras de soro foram coletadas e avaliadas pelo ensaio imunoadsorção enzimático indireto (ELISA-i). O teste Qui-Quadrado, a 5 por cento de significância, foi utilizado para avaliar a associação entre a soroprevalência e as variáveis sexo, idade e origem geográfica dos animais. A soropositividade geral foi de 76,5 por cento (n = 619), e anticorpos anti-A. marginale foram detectados em 89,1 por cento (n = 156), 68,4 por cento (n = 308) e 84,2 por cento (n = 155) dos animais nas províncias de Maputo, Gaza e Inhambane, respectivamente. Uma associação significativa (p < 0,05) foi observada entre a origem geográfica dos animais, enquanto o sexo não demonstrou uma relação significativa. A frequência de soropositivos com relação à faixa etária foi de 63,2 por cento (n = 72), 80,0 por cento (n = 92), 83,1 por cento (n = 98) e 77,3 por cento (n = 357) para animais de <12; >12 a <24; >24 <36; >36 meses, respectivamente. Os resultados demonstram que, no Sul de Moçambique, existem áreas de estabilidade enzoótica para A. marginale, em animais maiores de 12 meses. Assim, monitoramento epidemiológico deve ser realizado para o acompanhamento do status imunológico dos animais na região.(AU)
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