Reação da polimerase em cadeia tempo real para diagnóstico de Anaplasma marginale em bovino e veado campeiro do Pantanal brasileiro Ozotoceros bezoarticus leucogaster
Picoloto, GrazielaLima, Renileide Ferreira deOlegário, Lílian Andressa OliveiraCarvalho, Cristiano Miranda EspínolaLacerda, Ana Crystina ReisTomás, Walfrido MoraesBorges, Paulo André LimaPellegrin, Aiesca OliveiraMadruga, Cláudio Roberto
O estudo epizootiológico de Anaplasma marginale em regiões que existem vários reservatórios, co-existência de espécies de riquétsias patógenas e vetores comuns é uma tarefa complicada. Com o objetivo de obter o diagnóstico dessa riquétsia em bovinos e veado campeiro do Pantanal brasileiro foi avaliada uma reação da polimerase em cadeia em tempo real (PCR-TR) com o fluoróforo intercalante de fita dupla de DNA Sybr Green e iniciadores baseados na seqüência do gene msp5 de A. marginale comparando-a a uma PCR convencional (PCR-C) e ao exame parasitológico de esfregaço fino de sangue corado com Giemsa-MayGrunwald. Ambas PCRs apresentaram bom desempenho no diagnóstico de A. marginale nos bovinos, o qual foi superior ao exame parasitológico. O PCR-TR detectou sete veados campeiros positivos (16,3 por cento), o que foi significativamente maior comparado ao PCR-C identificando um animal como positivo (2,3 por cento), e ao exame parasitológico não encontrou nenhum animal positivo. A média da temperatura de dissociação das reações positivas para amostras de bovinos (81,72 ºC ± 0,20) foi idêntica àquelas dos cervídeos ( 81,72 ºC ± 0,12), o que sugere que ambas espécies animais foram infectadas por A. marginale. Concluímos que PCR-TR pode ser utilizada para diagnóstico e estudos epizootiológicos de A. marginale em bovinos e cervídeos. Apesar da pequena amostragem de veado campeiro os resultados indicam que essa espécie de animal selvagem tem importância na epizootiologia do Anaplasma no Pantanal brasileiro.
Texto completo