Dinâmica da eliminação de ovos por nematódeos gastrintestinais, durante o periparto de vacas de corte, no Estado do Pará
Batista Viana, RinaldoPierre Brasileiro Bispo, JeanVieira de Araújo, CláudioNonato Moraes Benigno, RaimundoMoura Monteiro, BrunoMaria Gennari, Solange
O experimento foi realizado com o objetivo de investigar a dinâmica da infecção por nematódeos gastrintestinais em vacas no periparto. Utilizaram-se 106 vacas de corte, divididas em dois grupos: o grupo 1 (G1), constituído por 42 vacas de primeira e segunda cria; e o grupo 2, (G2) por 76 vacas de terceira cria ou mais. A partir dos 120 dias do pré-parto até os 90 dias pós-parto, coletaram-se fezes para contagens de ovos por grama de fezes (OPG) e sangue para determinação do volume globular e hemoglobina de cada um dos animais a intervalos mensais. Nos mesmos intervalos, avaliaram-se os escores de condição corporal (ECC). Os valores médios ± desvios-padrão de OPG para os animais do grupo 1 foram iguais a 19,4 ± 42,9, enquanto para os do grupo 2 foram de 31,1 ± 68,0 não havendo diferenças significativas entre eles, tampouco entre os valores hematológicos que permaneceram nos padrões normais para ambos os grupos. Maiores contagens de OPG foram observadas no período pós-parto, com médias de 32,5 ± 55,5 e 51,5 ± 84,8 para os grupos G1 e G2, respectivamente. Observou-se diferença significativa (p 0,05) nos parâmetros estudados, quando foram comparados os períodos pré e pós-parto dentro de cada um dos grupos, com diminuição dos valores hemáticos e escore corporal e aumento dos valores de OPG no pós-parto. Os resultados sugerem que as vacas podem estar mais susceptíveis à infecção por nematoides desde o parto até os 90 dias pós-parto; todavia, vacas adultas, quando bem manejadas, não constituem fator importante na epidemiologia das verminoses gastrintestinais, mesmo no período pós-parto.
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