Clonagem, expressão, caracterização molecular da proteína de superfície MSP5 da amostra PR1 de Anaplasma marginale e sua aplicação em um teste de ELISA por competição
Regina M. Marana, ElizabeteS. Kano, FloraC. Vicentini, JosyS. Spurio, RafaelRibeiro, MarcelaLetícia M. Coelho, AdrianaC. Vidotto, MarildaVidotto, Odilon
No presente trabalho, um teste imunoenzimático por competição (cELISA) foi padronizado com a proteína recombinante de superfície rMSP5, clonada a partir do gene msp5 do isolado PR1 de A. marginale. O sequenciamento mostrou que o gene que codifica a rMSP5/PR1 tem 98% de identidade com os isolados Flórida e Santa Maria, 97% com isolados de Pernambuco, Brasil e Havana, Cuba e 91% com A. centrale. O teste de cELISA-PR1 foi comparado com os testes de IFI e cELISA-USA. Para a padronização e validação do cELISA-PR1, foram utilizados 380 soros bovinos comprovadamente positivos ou negativos pelo cELISA-USA. Desse total, 245 soros positivos eram de animais de área endêmica e 135 soros eram negativos, de área livre de anaplasmose. Na padronização, foram utilizados 283 soros de bovinos, dos quais 135 eram negativos e 148 positivos. Os testes de cELISA-PR1 e IFI apresentaram especificidade de 100 e 99,3%, sensibilidade de 100 e 98%, com coeficiente kappa de 0,993 e 0,978, respectivamente. Na validação do teste, foram utilizados 245 soros de bovinos de áreas endêmicas para anaplasmose, testados pelo cELISA-PR1 e IFI e apresentaram especificidade de 96,7 e 69,1%, sensibilidade de 98,9 e 96,3% e coeficiente kappa de 0,956 e 0,699, respectivamente. Esses resultados permitem afirmar que o teste de cELISA-PR1 apresentou performance equivalente ao cELISA-USA, podendo também ser utilizado em estudos epidemiológicos, programas de controle e movimentação internacional de animais, enquanto a IFI, com os resultados menos precisos apresentados, não deve ser utilizada em situações que requerem maior rigor no diagnóstico.
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