Exames parasitológicos, imunoistoquímicos e histopatológicos para detecção de Leishmania chagasi em tecidos esplênicos de cães com leishmaniose visceral
Tasca, Karen IngridBuzetti, Wilma Aparecida StarkeTenorio, Michely da SilvaPaulan, Silvana de CássiaLima, Flávia LunaQueiroz, Nina Mari Gual Pimenta deMachado, Rosângela ZacariasOliveira, Tricia Maria Ferreira de SouzaNeves, Maria FranciscaNoronha Júnior, Antonio Carlos Faconti deAssis, Juliana de
O propósito do presente trabalho foi o estudo da Leishmaniose Visceral Canina - LVC por meio de métodos parasitológicos e imunoistoquímicos para a detecção de formas amastigotas de Leishmania (L.) chagasi em baço, além de descrever a histopatologia das lesões esplênicas em 34 cães, com diferentes manifestações clínicas da LVC, eutanasiados pelo Centro de Controle de Zoonoses de Ilha Solteira, SP. Esses animais foram examinados clinicamente antes da eutánásia e de acordo com os sinais clínicos da LVC, foram classificados em três grupos: assintomáticos (8 cães), oligossintomáticos (17 cães) e sintomáticos (9 cães). Após a realização desses exames, dos 34 cães, 22 (64,7 por cento) estavam positivos e 12 (35,3 por cento) negativos. Desses cães positivos, 1/22 (4,5 por cento) era assintomático, 12/22 (54,5 por cento) eram oligossintomáticos e 9/22 (40,1 por cento) sintomáticos. Pela histopatologia, os cães, especialmente os sintomáticos apresentavam o baço com inflamação crônica e espessamento na região capsular e trabecular, além de extensa alteração morfológica na polpa vermelha e branca pela presença de grande quantidade de macrófagos repletos de amastigotas, pela reação granulomatosa inflamatória e pelas áreas hemorrágicas. Os exames histopatológicos e a detecção microscópica direta da L. (L.) chagasi revelaram que o baço é um órgão útil para auxiliar no diagnóstico da LVC. A coloração imunoistoquímica foi a que detectou o maior número de tecidos esplênicos positivos com amastigotas, além de elucidar os casos suspeitos pelos exames parasitológicos, principalmente, nos animais assintomáticos ou oligossintomáticos.
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