Carrapatos do gênero amblyomma (acari: ixodidae) e suas relações com os hospedeiros em área endêmica para febre maculosa no Estado de São Paulo
Alberto Perez, CarlosFernando de Almeida, ÁlvaroAlmeida, AlexandreHugo Barbosa de Carvalho, Victordo Carmo Balestrin, DanieleSaraiva Guimarães, MuriloC. Costa, JulioAdriano Ramos, LeonardoDulce Arruda-Santos, AnaPinto Máximo-Espíndola, ClariceMoraes Barros-Battesti, Darci
Foram avaliadas 7 espécies da mastofauna e 36 da avifauna quanto à prevalência e intensidade de infestação por carrapatos na ESALQ/USP, no Município de Piracicaba, SP. Analisaram-se 52 indivíduos da mastofauna e 158 da avifauna, parasitados por 12418 carrapatos. Os exemplares adultos (N= 7343) foram encontrados em parasitismo nas capivaras enquanto que os imaturos foram, na maioria, coletados de pequenos mamíferos e aves. Os principais hospedeiros para as formas imaturas, em ordem decrescente, foram gambás (69,1%), capivaras (24,4%) e urubus (3,7%). Entre a avifauna, o urubu apresentou o maior número de carrapatos com 69,9%, seguido por indivíduos das famílias Thamnophilidae e Turdidae. Os carrapatos adultos encontrados em capivaras foram A. cajennense (80,8%) e A. dubitatum (19,2%). Ambas as espécies foram também coletadas em gambás, correspondendo a 72,4% e 27,6%, respectivamente. Pela facilidade de captura e atratividade de Amblyomma spp. o gambá pode ser usado como bioindicador de infestação em locais endêmicos para febre maculosa. Considerando os índices de parasitismo e prevalência bem como de abundância de carrapatos, susceptibilidade dos hospedeiros, proliferação e susceptibilidade para infecção por R. rickettsi, capivaras e gambás são potenciais hospedeiros amplificadores desse microrganismo no Campus da ESALQ, enquanto eqüídeos, urubus e gatos atuam como hospedeiros secundários.
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