Resposta fisiológica à infestação experimental com Ichthyophthirius multifiliis (Fouquet, 1876) em alevinos de jundiá (Rhamdia quelen Quoy e Gaimard, 1824) previamente alimentados com diferentes fontes lipídicas
J. Vargas, RodrigoM. Guimarães de Souza, SilviaG. Mabilia, RodrigoCarlet, FancielleR. Baggio, Sueli
Um fator limitante nas primeiras fases do cultivo do jundiá (Rhamdia quelen Quoy e Gaimard, 1824) é a presença da ictioftiríase. Os ácidos graxos poliinsaturados (PUFAs) presentes na dieta possuem uma potente atividade imuno-moduladora, e esta atividade depende da espécie analisada e da quantidade/qualidade dos PUFAs da dieta. O objetivo do presente estudo foi avaliar a resposta fisiológica de alevinos de jundiá, alimentados com diferentes fontes de ácidos graxos, quando parasitados pelo protozoário Ichthyophthirius multifiliis (Fouquet, 1876). Alevinos de jundiá (7,6±0,8g) alimentados durante sete semanas com cinco dietas contendo diferentes fontes lipídicas: óleos de peixe, linhaça e milho foram expostos ao protozoário. No quinto dia a presença da doença foi detectada. Amostras de sangue foram coletadas e sobrevivência e graus de infestação foram estimados. As diferentes dietas afetaram a sobrevivência dos alevinos, sendo que alevinos que consumiram dietas com óleo de peixe apresentaram uma maior sobrevivência. O hematócrito e o grau de infestação não apresentaram diferença estatística significativa entre os tratamentos, entretanto a contagem diferencial dos leucócitos registrou diferença. Os resultados mostraram pela primeira vez no jundiá que, diferentes fontes lipídicas produzem respostas fisiológicas diversas, podendo representar uma alternativa ao tratamento da doença. Novos estudos deverão ser realizados no sentido de aprofundar o conhecimento aqui gerado.
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