Superovulação em éguas
Schade, JacksonGonçalves, Gustavo RomeroMassitel, Juliana LopesMorotti, Fábio
Os modelos atuais de criação equina exigem o desenvolvimento e a implementação de biotecnologias relacionadas a reprodução, de modo a garantir o avanço do melhoramento genético. A inseminação artificial e a transferência de embriões (TE) são técnicas amplamente utilizadas em equinos, entretanto, às baixas taxas de recuperação embrionária comprometem o sucesso nos programas de TE. Desta forma, tratamentos hormonais que induzem múltiplas ovulações são vantajosos quando associados a programas de TE, visto que resultam em maior número de embriões recuperados. Nesse sentido, muitos protocolos vêm sendo avaliados, buscando desenvolver um tratamento capaz de aumentar consistentemente as taxas de ovulação e recuperação embrionária em éguas. Dentre os protocolos hormonais merecem destaque o extrato de pituitária equina e o hormônio folículo estimulante equino, os quais são efetivos em induzir superovulação, porém, com resultados muito variáveis. O acetato de deslorelina resulta em dupla ovulação com taxa de recuperação embrionária semelhante à observada em éguas com ovulação única. Mais recentemente, a utilização de gonadotrofinas recombinantes demonstrou resultados promissores, apresentando maior potencial para uniformização dos resultados. No entanto, a resposta ovariana de éguas frente aos tratamentos de SOV está sujeita a influência de múltiplos fatores, resultando, de maneira geral, em resultados variáveis e, muitas vezes, aquém do esperado. Sendo assim, futuras investigações são necessárias para o reconhecimento dos fenômenos associados a resposta ovulatória e recuperação embrionária quando protocolos de SOV são utilizados na espécie equina.(AU)