Correlação entre uso de anti-inflamatório não esteroidais e efeitos adversos em equinos: revisão de literatura
Santos, Rosana Souza Thurler dosPereira, Marco Aurélio AmadorGarcia Filho, Sérgio GrandisoliSpagnolo, Julio DavidAmbrosio, Aline MagalhãesFantoni, Denise Tabacchi
O controle da dor nos animais vem sendo foco de vários estudos em virtude de significativasalterações no bem-estar animal e pela influência da mesma em diversos parâmetros fisiológicos. Uma das causas prováveis de efeitos adversos promovidos pelos agentes anti-inflamatórios não esteroidais (AINES) é a inibição da cicloxigenase 1, enzima responsável pela produção não só de mediadores inflamatórios, mas também da camada protetora estomacal, agregação plaquetária e irrigação renal. Os AINES são amplamente utilizados em equinos, sendo os agentes mais empregados para o tratamento da dor nesta espécie. Porém, devido particularidades da espécie, os efeitos adversos em trato gastrointestinal (TGI) são os mais recorrentes em equinos, principalmente nos animais já hospitalizados sendo que vários fármacos utilizados para o controle da dor podem piorar este quadro. Para redução do risco de lesão em TGI com o emprego de AINES, deve-se considerar o uso concomitante de protetores gástricos, principalmente os bloqueadores da bomba de prótons. Outros efeitos adversos também podem aparecer, como lesão renal, hipoproteinemia e alterações na agregação plaquetária. Sendo assim, esta revisão tem o objetivo de explicitar os efeitos adversos mais recorrentes ao uso de AINES em equinos, assim como suas consequências e possíveis tratamentos.