VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 87-91

Perfil clínico, eletrocardiográfico e ecocardiográfico de cães com doença crônica degenerativa da valva mitral, atendidos em serviço particular de cardiologia e doenças respiratórias

Santos Filho, Mário dosBento, Alicia da SilvaLemos, Nathália Marques de OliveiraMacambira, Karen Denise da SilvaAlberigi, Bruno Ricardo SoaresBendas, Alexandre José RodriguesBotteon, Paulo de Tarso Landgraf

A doença valvar degenerativa crônica de mitral (DVDCM) é a cardiopatia adquirida mais comum e principal causa de insuficiência cardíaca congestiva (ICC) em cães de meia idade a idosos, sendo mais frequente em raças de pequeno porte e miniaturas, sendo rara nas raças de médio a grande porte. Essa doença é caracterizada pela deformidade nodular dos folhetos valvulares, assim como espessamento e, em alguns casos, distensão das cordas tendíneas. Os achados ecocardiográficos incluem cardiomegalia, espessamento das válvulas atrioventriculares, insuficiência valvar e disfunção miocárdica que, por sua vez, tornam-se mais comuns com a progressão da doença. De acordo com o consenso do American College of Veterinary Internal Medicine, a endocardiose pode ser classificada em estágios, de acordo com a sua evolução clínica. O objetivo do presente estudo foi determinar o perfil clínico, eletrocardiográfico, radiográfico e ecocardiográfico de cães portadores de doença valvar degenerativa crônica de mitral em um serviço de cardiologia entre os anos de 2017 a 2022. Os animais selecionados foram aqueles cujos diagnósticos envolveram alteração valvar com associação a avaliação ecocardiográfica. Os dados obtidos foram compilados em planilhas do programa Microsoft Excel® e avaliados por meio de estatística descritiva e correlação de Pearson utilizando o software BioEstat®. Por meio das observações e resultados obtidos, possibilitou-se relacionar que a hipótese da correlação entre gravidade dos sinais clínicos com a exacerbação da alteração estrutural das valvas cardíacas podem ser indicadores de prognóstico pior para a evolução da doença valvar degenerativa crônica de mitral.

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