Distocia em éguas Estudo retrospectivo de cinco casos
Gandini, Jeferson CarlosRibeiro, Max GimenezSouza, Danthyse Miyoko Ohno Müller deMartins, Lorrayne de Souza AraújoMotta, Rodrigo Garcia
O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo retrospectivo de cinco casos de cesarianas em éguas, atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Maringá, campus Umuarama (HVGA-UEM), no período de 2019 a 2021, em quatro éguas da raça Quarto de Milha e uma da Crioula, com queixa principal de parto prolongado e distocias por diferentes motivos. Destes, três casos (60%) tiveram alta médica (3/5), enquanto 40% (2/5) em consequência de complicações pós-operatórias e pela gravidade do quadro clínico evoluíram para o óbito. As distocias são raras em éguas, quando comparados com outras espécies e, essa particularidade, pode ser justificada pela conformação anatômica do sistema reprodutivo e a classificação placentária das éguas, que propiciam contrações rápidas e efetivas facilitando a progressão do parto normal. Dessa forma, nos casos de distocia, em que as manobras obstétricas são incapazes de corrigir o mau posicionamento fetal, a cesariana passa a ser o procedimento de eleição, no presente estudo, nenhuma égua apresentou dilatação suficiente para que fosse conduzida a fetotomia. Como medida complementar, norteada pelos princípios de bem-estar animal, foi sugerido aos proprietários, que não colocassem esses animais na estação reprodutiva seguinte, restringindo-se a sua utilização somente como doadoras de embriões. Portanto, foi possível concluir que a sobrevida das éguas submetidas a cesariana é de 60% nas condições deste estudo, o monitoramento das éguas gestantes é um fator determinante sobre os índices de mortalidade materno-fetal.
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