VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 37-41

Chlamydia psittaci em araras-canindé (Ara ararauna) cativas em um Centro de Triagem de Animais Silvestres no Brasil

Vasconcelos, Tassia Cristina Bello deNogueira, Denise MonneratPereira, Virginia Léo de AlmeidaNascimento, Elmiro Rosendo doBruno, Sávio Freire

Infecções por Chlamydia psittaci destacam-se devido ao seu potencial zoonótico. Tal agente foi detectado em diversas ordens, sendo Psittaciformes seu principal reservatório. Objetivando-se demonstrar a ocorrência de tal processo infeccioso, procedeu-se investigação clínica e ambiental, associada à detecção do agente etiológico por Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), a partir de swabs de coana e cloaca de 46 araras-canindés (Ara ararauna) pertencentes ao Centro de Triagem de Animais Silvestres do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis, Rio de Janeiro, Brasil. Obteve-se uma frequência de detecção de 50% (23/46) a partir de swabs de cloaca. Entre esses, 26.09% (12/23) foram também positivos por meio de swab de coana, sendo a probabilidade de detecção 2,83 vezes maior a partir de swabs de cloaca que de coana (p<0.05). Não houve associação entre condição corporal, variação de temperatura e detecção do agente por PCR, sendo 34,78% dos indivíduos positivos assintomáticos. Portanto, nossos resultados demonstram a dispersão do agente no plantel e alta frequência de assintomáticos. Devido à possibilidade de contágio para trabalhadores e aves de vida livre, a quarentena nos centros de suporte e conservação da vida silvestre, assim como os cuidados com higiene e proteção individual para com os trabalhadores que lidam com os animais devem ser seguidas rigidamente, mesmo na ausência de sinais ou sintomas nas aves

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