VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 247-251

Levantamento sorológico de casos de leishmaniose visceral canina e avaliação da fauna de flebotomíneos na Ilha da Marambaia, município de Mangaratiba, estado do Rio de Janeiro, Brasil

Carmo, Lívia Aparecida Lopes doSouza, Marcos Barbosa deSilva, Valmir Laurentino deSantos, Fernanda NunesAlmeida, Adilson Benedito deBarbosa Filho, Carlos José de LimaPontes, César dos SantosFigueiredo, Fabiano Borges

O estado do Rio de Janeiro é classificado epidemiologicamente como uma região de baixa incidência de leishmaniose visceral americana (LVA), no entanto, áreas endêmicas têm se expandido drasticamente nos últimos anos. Em 2009 e 2010, foram notificados casos autóctones de LVA no município de Maricá e no bairro de Laranjeiras, na cidade de Rio de Janeiro, respectivamente. Em 2006, em amostras de animais infectados no litoral do município de Mangaratiba foram isoladas e caracterizadas L. (L.) chagasi. Em 2002, na Ilha da Marambaia, localizada em Mangaratiba, foram registrados apenas os casos de leishmaniose tegumentar americana (LTA). Este estudo teve como objetivo avaliar a prevalência da LVC e identificar a fauna de flebotomíneos na Ilha da Marambaia, Mangaratiba, em 2012. Para este fim, um inquérito sorológico canino foi realizado utilizando as técnicas IFA, ELISA e DPP. Além disso, foram capturados flebótomos com a ajuda de armadilhas luminosas, tipo HP. O censo totalizou 116 cães e 17 animais foram positivos com a prevalência de 14,6%. Entre abril e novembro de 2012, foram capturados, nove espécies diferentes flebotomíneos, um total de 2.524 espécimes. Observou-se a manutenção da LVC prevalência na região, bem como a presença do vetor Lutzomyia longipalpis.

Texto completo