Topografia da intumescência lombar e do cone medular em Lycalopex gymnocercus (G. Fischer, 1814)
Souza Junior, Paulo deMattos, Karine deCarvalho, Natan CruzSantos, André Luiz Quagliatto
Objetivou-se com este estudo descrever a topografia da intumescência lombar e do cone medular da medula espinhal dograxaim-do-campo (Lycalopex gymnocercus) a fim de estabelecer uma base anatômica para procedimentos de anestesia epiduralnesta espécie, bem como fornecer dados para estudos comparativos em neuroanatomia animal. Para tal, foram utilizados cincoespécimes, quatro machos e uma fêmea, recolhidos mortos em rodovias da mesorregião sudoeste do Rio Grande do Sul, Brasil,e então fixados e conservados em solução de formaldeído. As macrodissecções e exames radiográficos digitais permitiramobservar que a intumescência lombar mediu, em média, 31,40 ± 5,09 mm e ocupou o espaço sobre as vértebras L4 e L5 (80%;n =4) e entre L5 e L6 (20%; n = 1), sendo relativamente pequena se comparada a outras espécies carnívoras. O cone medularrevelou dimensões alongadas típicas de canídeos de menor porte. Seu comprimento médio foi 68,28 ± 8,36mm e sua esqueletopiademonstrou base sobre a vértebra L5 e ápice sobre a S3 em quatro indivíduos; em um único espécime a base situou-se sobreL6 e o ápice sobre Cd1. O comprimento do cone medular teve forte correlação positiva com o comprimento rostrossacral (r =0,8324). Os achados sugerem que a introdução da agulha para fins de anestesia epidural no Lycalopex gymnocercus seja maissegura no espaço sacrocaudal.(AU)
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