Endometrite fúngica em éguas: diagnóstico e implicações clínico-patológicas
Antonio Silva Ribas, JoséCarvalho, Eulógio QueirozStussi, Jussara Pedroso
Este estudo objetivou estabelecer a etiologia e achados clínico-patológicos das endometrites fúngicas. Para tal, realizou-seanamnese, exame ginecológico, cultura, citologia e biópsia endometriais em 85 éguas em idade reprodutiva e que não pariamhavia um ano ou mais. Das 85 éguas, 24 (28%) apresentaram exames compatíveis com endometrite infecciosa. Destas, em 20%(5/24), confirmou-se endometrite com envolvimento fúngico. Os fungos isolados foram: Candida guilliermondii, C. tropicalis, C. pseudotropicalis associadas ao Bacillus sp. em uma égua; C. albicans em duas fêmeas (uma associada a Escherichia coli); um caso de Trichosporon penicillatum e um de T. capitatum. Todos animais diagnosticados com endometrite fúngica apresentaraminflamações endometriais moderadas, nos exames de citologia e no histopatológico, sendo estes achados compatíveis com o histórico e o exame reprodutivo destes animais. Destacou-se a presença constante de linfócitos e plasmócitos nos dois exames, assim como das lesões degenerativas no endométrio através da biópsia endometrial. Em 80% (4/5) constataram-se estruturasfúngicas na citologia endometrial, porém no exame histopatológico, não foi possível detectar tais estruturas. Após o estudo pode-seafirmar que a metodologia utilizada foi eficiente para diagnosticar a endometrite fúngica, com destaque para o exame de citologiaendometrial, e que este tipo de endometrite teve caráter crônico em todos os animais.(AU)
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