VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 63-68

Biotecnologia de embriões: III - Otimização do momento da inseminação artificial em fêmeas bovinas superovuladas, para programas de transferência de embriões

Santos, Marcio Ricardo Costa dosPaixão, Rita LealRodrigues, Carlos Fernando Marins

O objetivo do presente trabalho foi comparar diversos esquemas de inseminação artificial (IA) utilizados em fêmeas bovinas de diferentes raças, doadoras de embriões, de forma a identificar o momento correto da inseminação em programas de transferência de embriões. Computou-se um total de 101 tratamento de indução à superovulação, com FSH-P e sincronização do estro pela aplicação da PGF 2. Os animais foram divididos em quatro grupos para estabelecer-se os esquemas da IA. A partir da detecção do estro, dois grupos de fêmeas sofreram três inseminações com 12h de intervalo (grupo 1) ou duas inseminações com 12h de intervalo (grupo 2), respectivamente esquema 1 e 2. Nos outros dois grupos, onde não se considerou a detecção do estro, as fêmeas sofreram três inseminações, 48, 60 e 72h após a aplicação do agente luteolítico (grupo 3), ou duas inseminações, 48 e 60h após a aplicação do mesmo agente (grupo 4), o que caracterizou os esquemas 3 e 4, respectivamente. A análise das estruturas embrionárias coletadas no 7º dia após a IA, demonstrou não haver diferença significativa (P > 0.05) entre os quatro esquemas de inseminação utilizados, em relação ao número total de embriões recuperados, ao número de embriões transferíveis, ao percentual de embriões degenerados, de não fecundados e de transferíveis. Esses achados indicam que, não foram necessárias mais do que duas inseminações nas fêmeas doadoras superovuladas, para obter-se até 54,98 ± 35,26% de embriões transferíveis, e que o momento da aplicação da PGF 2 pode ser utilizado como um parâmetro confiável, para determinar-se o momento correto da Inseminação Artificial.

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