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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Mutações no gene c-KIT em mastocitomas caninos e respectivas metástases nodais classificados segundo a infiltração de mastócitos

Rassele, Alice CSouza, Larissa MGorza, Leonardo LGiuliano, AntônioFlecher, Mayra CHorta, Rodrigo S

O perfil molecular do mastocitoma (MCT) tem sido bastante investigado, no entanto as dinâmicas moleculares que ocorrem durante a carcinogênese e metástase desta neoplasia não estão bem esclarecidas. O objetivo desse estudo foi avaliar a incidência de mutações no proto-oncogene c-KIT em MCTs caninos e respectivos linfonodos regionais. Os casos suspeitos ou confirmados de metástase para os linfonodos, foram classificados de acordo com a classificação HN de Weishaar. O estudo incluiu 34 cães diagnosticados com MCT e, desses, 19 pacientes foram avaliados de maneira prospectiva, em que o tumor primário e o linfonodo regional foram ressecados e analisados simultaneamente. O segundo grupo foi avaliado retrospectivamente e incluiu quinze pacientes que tiveram ressecção do MCT primário sem avaliação de linfonodo regional. A análise da mutação c-KIT foi realizada para todos os MCTs primários e, no primeiro grupo, comparados entre MCT primário e metástase classificada pelo sistema HN. Duplicações internas em tandem (DIT), no exon 11 do gene c-KIT, foram detectadas em um total de 20% dos pacientes. Dez dos dezenove pacientes (52%) do primeiro grupo apresentavam infiltração de mastócitos no linfonodo regional, e DIT no exon 11 do gene c-KIT foram identificadas em cinco e dois cães dos Grupos 1 e 2, respectivamente. Mutações do tipo DIT no gene c-KIT são comuns no MCT canino e podem estar presentes nas metástases/infiltrados de mastócitos na ausência de mutação do tumor primário. A avaliação da mutação no gene c-KIT no tumor primário e metástases pode ser informativa para definir tanto o prognóstico quanto as opções terapêuticas em casos de MCT.

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