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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Complicações após colheita do líquido cerebroespinhal em cães com neoplasma encefálico

Wrzesinski, Mathias RRipplinger, AngelFerrarin, Dênis ASchwab, Marcelo LRauber, Júlia SSantos, JuniorBeckmann, Diego VMazzanti, Alexandre

A colheita do líquido cerebroespinhal (LCE) em cães com neoplasmas encefálicos (NE) pode estar associada a complicações devido ao aumento da pressão intracraniana (PIC), causada pela lesão expansiva. Embora o procedimento seja realizado em cães com NE, não foram encontrados dados referentes às complicações após colheita de LCE nesses pacientes. Sendo assim, o objetivo do presente estudo retrospectivo foi identificar a taxa, bem como os tipos de complicações observadas após a colheita de LCE em cães com neoplasma encefálico. Dos 30 cães com NE incluídos no estudo, em 83% (25/30) dos casos a evolução clínica após a colheita do LCE foi considerada normal e, em 17% (5/30) anormal. Os principais sinais clínicos e neurológicos observados nos cães com evolução clínica anormal foram apneia (5/5), reflexo fotomotor pupilar ausente (3/5), coma (2/5) e estupor (1/5). Em 40% (2/5) foi observado herniação do cerebelo na necropsia. Com base nos resultados encontrados, conclui-se que a taxa de complicações após a colheita de LCE foi baixa (17%) e as alterações encontradas foram apneia, seguido de reflexo fotomotor pupilar ausente, alteração no nível de consciência e herniação encefálica.

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