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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Alterações hepáticas em Gallus gallus domesticus no Brasil

Lopes, Marcelo CFreitas Neto, Oliveiro CAmaral, Camila ILacerda, Maira S. CFonseca, Clarissa SMartins, Nelson R. SEcco, Roselene

A ocorrência e a frequência de alterações hepáticas em aves, incluindo frangos de corte (FC), galinhas poedeiras (GP) e aves de subsistência (AS) foram investigadas. O estudo retrospectivo e prospectivo (2006-2021) foi realizado com um total de 300 casos de alterações hepáticas. Aves industriais (FC e GP) foram frequentemente acometidas (88%) e as alterações não infecciosas foram as mais comumente diagnosticadas (69%). Quanto à etiologia ou condição, as alterações hepáticas foram classificadas da seguinte forma: alterações degenerativas (42%), bacterianas (28%), metabólicas (15%), tóxicas (8%), virais (3%), neoplásicas (2%), bem como doenças por protozoários (1,5%) e distúrbios circulatórios (0,5%). Em relação ao tipo de ave, alterações degenerativas, tóxicas e hepatites virais foram mais frequentes nos FC. Distúrbios circulatórios e metabólicos, assim como hepatites bacterianas, foram diagnosticados com maior frequência nas GP. Neoplasias e hepatite por protozoário ocorreram com maior frequência em AS. O exame macroscópico associado à histopatologia possibilitou o diagnóstico da alteração hepática em 59% dos casos. Considerando a hepatite bacteriana em aves comerciais, o diagnóstico etiológico é de grande importância, em vista do risco para a saúde pública, apesar da óbvia importância devido às perdas de produtividade e condenação no processamento.

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