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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Causas de morte de matrizes suínas em três granjas brasileiras

Schwertz, Claiton IBianchi, Ronaldo MichelCecco, Bianca SPavarini, Saulo PDriemeier, David

A mortalidade de porcas está diretamente relacionada a perdas financeiras e à eficiência produtiva das granjas. Apesar disso, as doenças associadas à morte de porcas são pouco conhecidas. Este estudo teve como objetivo determinar as principais causas de morte de porcas em granjas suinícolas brasileiras. Para a realização desta pesquisa, três granjas brasileiras foram visitadas e necropsias foram realizadas em todas as porcas que morreram espontaneamente ou foram submetidas à eutanásia. Fragmentos de tecidos foram coletados para exame histopatológico e bacteriológico. Além disso, foram registrados os sinais clínicos, estágio reprodutivo, ordem de parto e tipo de morte (espontânea ou eutanásia). Um total de 138 necropsias foram realizadas e 132 tiveram um diagnóstico conclusivo. Os estágios produtivos mais frequentes foram gestação e lactação (33,3 e 31,9%, respectivamente), seguidos por porcas parturientes (17,4%), porcas de descarte (9,4%), intervalo desmame-estro (IDE) (4,3%) e leitoas vazias (3,6%). Os sistemas orgânicos mais afetados foram reprodutor (28%), digestivo (25%), locomotor (22%), cardiovascular (9,1%) e hematopoiético (6,1%). As condições mais frequentemente diagnosticadas foram prolapso uterino (16/132; 12,1%), úlcera gástrica (13/132; 9,8%), artrite supurativa (11/132; 8,3%), torção do lobo hepático (11/132; 8,3%), insuficiência cardíaca (9/132; 6,8%), prolapso vaginal ou prolapso vaginal e retal (9/132; 6,8%) e pododermatite (8/132; 6,1%). Embora 58,2% dos óbitos tenham ocorrido por uma dessas sete doenças, houve grande variabilidade de diagnósticos.(AU)

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