Acurácia da elastografia ARFI na diferenciação dos estágios da catarata em cães
Abreu, Thais G. MMaronezi, Marjury CUscategui, Ricardo A. RRocha, Fabiana LPádua, Ivan R. MMadruga, Gabriela MLaus, José LFeliciano, Marcus A. R
O objetivo foi avaliar a precisão da elastografia na diferenciação entre lentes normais e de catarata. Cento e quarenta e cinco olhos de 98 cães foram divididos em grupos de acordo com o estágio de maturação da catarata. Quarenta e dois olhos foram submetidos à facoemulsificação. Parâmetros biométricos, ecogenicidade e padrões de ecotextura das câmaras anterior, posterior e vítrea, lente e complexos retina-coróide-esclera foram avaliados por ultrassonografia ocular nos modos A e B. A deformabilidade e a coloração (cor azul = indicou estruturas menos rígidas, cor vermelha = estruturas mais rígidas) das lentes foram avaliadas pelo elastograma. A velocidade da onda de cisalhamento (SWV; m/s) foi calculada em três regiões da lente, tanto no córtex quanto no núcleo. A SWV do núcleo foi estatisticamente diferente entre as lentes normais e com catarata e entre os estágios da catarata (P<0,001). Lentes saudáveis e cataratas incipientes tinham um núcleo mais rígido. Cataratas maduras apresentaram menor rigidez nuclear (P<0,001). Na região cortical, a SWV foi significativamente maior (P<0,01) nas cataratas intumescentes e incipientes. Uma SWV menor que 2,67m/s indica catarata com sensibilidade de 72% e especificidade de 94%. Valores inferiores a 2,23m/s sugerem catarata madura, com sensibilidade de 71% e especificidade de 76%. Uma SWV superior a 2,66m/s está associada à catarata normal ou incipiente, apresentando sensibilidade de 94% e especificidade de 84%. O método qualitativo permitiu a diferenciação entre lentes normais de olhos saudáveis e afetadas e a classificação dos estágios evolutivos. A elastografia se mostrara uma ferramenta viável para avaliar as lentes de cães, caracterizando os tipos de catarata e demonstrando maior rigidez das lentes doentes.(AU)
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