Resposta das funções vitais, de Apgar e cortisol no prognóstico de vigor frente a fatores neonatais de cordeiros
Fagundes, Glaucia BNascimento, Dayana MariaSantiago, Marcela RNeves, Camila ASilva, Cleidson M. GOba, EuniceArrivabene, MônicaCavalcante, Tânia V
O manejo dos cordeiros durante o período neonatal tem sido objeto de estudo em diversas pesquisas devido às adaptações orgânicas vitais e hormonais sofridas pela cria após o parto. Todavia, o gênero, número de filhotes e o tipo de parto parecem desempenhar um papel importante para melhor compreensão do vigor neonatal. Além disso, o estudo destes grupos com o acompanhamento da evolução clínica e do metabolismo do cortisol torna-se um subsidio indispensável para melhor compreensão dessa fase neonatal, visando minimizar as perdas geradas. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a influência do gênero, número de filhotes e tipo de parto na apresentação do vigor neonatal dos cordeiros através do diagnostico clinico e de cortisol. Foram utilizados trinta cordeiros mestiços da raça Santa Inês com Dorper em fase neonatal divididos em três grupos: gênero (macho e fêmea), número de filhotes (único e gemelar) e tipo de parto (eutócico e distócico). Em cada grupo, foi realizada a avaliação clínica da frequência cardíaca e respiratória, temperatura retal, escore Apgar e peso; e com a exceção do cortisol, todas as avaliações foram realizadas aos quinze e sessenta minutos, como também às doze e vinte e quatro horas. Adicionalmente, procedeu-se com a coleta de amostras de sangue total para dosagem de cortisol obtida em dois momentos aos quinze e sessenta minutos através da técnica de radioimunoensaio. Dentre os três grupos experimentais relacionados com vigor dos cordeiros, a frequência cardíaca foi a única que evidenciou menores médias (P<0,05) às vinte e quatro horas no grupo dos machos 90,00±20,20bpm, gêmeos 96,44±20,02bpm e eutócicos 93,25±18,11bpm. Observou-se no grupo eutócico diferenças nos valores da frequência respiratória de 64,00±14,75mpm às vinte e quatro horas. No grupo dos machos houve redução significativa na temperatura corpórea durante os momentos de avaliação (P<0,05). Cordeiros do grupo de gêmeos demonstraram menor peso corpóreo durante as avaliações. Em ambos momentos a análise do cortisol sérico demonstrou se menor aos sessenta minutos. Pôde se concluir que logo após o parto ocorreram alterações marcantes nos parâmetros fisiológicos e peso de cordeiros Santa Inês, porém não foram suficientes para causar efeitos negativos sobre o vigor dos neonatos, indicando a ocorrência de efetiva capacidade de adaptação neonatal nesta espécie.(AU)
Texto completo