Nematódeos gastrintestinais e pulmonares em bezerros naturalmente infectados nos municípios de Botucatu e Manduri, estado de São Paulo
Cezaro, Marcela CNeves, José HCury, José R. L. MDalanezi, Felipe MOliveira, Raphaela MFerreira, João C. PK. Neto, Vitoldo ASchmidt, Elizabeth M. S
O objetivo deste estudo foi investigar os parasitas gastrintestinais e pulmonares que acometem bezerros bem como a possível influência de fatores climáticos e da idade no parasitismo. Para isso, durante um período de 12 meses (setembro de 2014 a agosto de 2015), amostras de fezes foram coletadas a cada três meses diretamente da ampola retal de 140 bezerros mestiços (dois a 12 meses de idade), clinicamente saudáveis, pertencentes a duas propriedades leiteiras localizadas nos municípios de Botucatu (n=53) e Manduri (n=87), estado de São Paulo. Realizou-se a contagem de ovos por grama de fezes pela técnica de McMaster modificada com sensibilidade de 50 ovos por grama de fezes (OPG). Coproculturas foram realizadas em pool de amostras para a obtenção das larvas infectantes (L3). Larvas de primeiro estágio de Dictyocaulus viviparus foram recuperadas pela modificação da técnica de Baermann. Os dados não se apresentaram normalmente distribuídos (Shapiro-Wilk), e o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis foi utilizado para avaliar os dados de OPG em relação às estações do ano e faixa etária. Para comparações múltiplas, empregou-se o pós-teste de Dunn. Foi verificado que em Manduri, no inverno, houve um aumento significativo (P<0,0001) na contagem de OPG em comparação as demais estações do ano. Em Botucatu, os animais com dois a três meses de idade apresentaram maiores contagens de OPG quando comparados aos animais de oito a 12 meses de idade (P=0,01). A prevalência e a média global de animais positivos para ovos do tipo Strongylida, em Botucatu, foi de 81,1% e 340, respectivamente, e em Manduri foi de 83,9% e 854, respectivamente. Em adição, de maneira geral, foram encontrados ovos de Strongyloides spp., Moniezia spp., Trichuris spp. e oocistos de Eimeria spp. Foram recuperadas, em ordem de prevalência, larvas infectantes de Cooperia spp., Haemonchus spp., Oesophagostomum spp. e Trichostrongylus spp. Larvas de D. viviparus foram recuperadas somente na propriedade...(AU)
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