VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 785-793

Ultrassonografia abdominal em Modo B e Doppler de cutias (Dasyprocta prymnolopha Wagler, 1831) contidas quimicamente

Pessoa, Gerson TSousa, Francisco C. ARodrigues, Renan P. SMoura, Laecio SSanches, Marina PAmbrósio, Carlos ESilva, Andrezza B. SAlves, Flávio R

As cutias são animais silvestres de pequeno porte, cujo peso corpóreo pode chegar até 4kg, e existem em todo território brasileiro. São considerados importantes dispersores de sementes, especialmente para árvores de grande porte, existindo espécies que dependem quase que exclusivamente destas para sua distribuição territorial. Este trabalho teve por objetivo a caracterização ultrassonográfica modo B e Doppler dos órgãos abdominais de cutias hígidas criadas em cativeiro. Foram utilizadas 15 cutias, contidas quimicamente, oriundas do Núcleo de Estudos e Preservação de Animais Silvestres - NEPAS, CCA-UFPI, submetidas a exame ultrassonográfico em modo B e Doppler. A parede da vesícula urinária presentou-se hiperecogênica, fina, lisa e regular em todo seu trajeto anatômico, com espessura média de 0,09±0,03cm. Os rins demonstraram ecotextura fina e homogênea, ecogenicidade global preservada, hipoecogênico em relação ao baço e isoecogênico ou discretamente hipoecogênico em relação ao fígado. O traçado em Doppler espectral mostrou pico sistólico e diastólico, amplo e afilado, exibindo baixa resistência de fluxo, com uma porção diastólica contínua e cheia, que diminui gradativamente no decorrer da diástole (75,83±1,42cm/s para o rim direito e 80,43±1,22 cm/s para o esquerdo. A adrenal direita apresentou uma variação de comprimento entre 0,61 a 1,18cm e diâmetro variando entre 0,17 a 0,32cm, enquanto a adrenal esquerda evidenciou comprimento de 0,62 a 1,16 e diâmetro de 0,14 a 0,25cm. O baço das cutias mostrou formato filiforme, com polos pontiagudos e diâmetro de 1,02±0,18cm. O fígado da cutia ocupa todo o espaço cranial da cavidade abdominal, em contato direto com o diafragma. O fluxo vascular intrahepático permitiu individualizar as veias porta (VP) e veias hepáticas (VH). As veias porta foram distinguidas, particularmente pelo padrão ecogênico de suas paredes, quando comparadas com as veias hepáticas...(AU)

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