Uso de cetamina pela via cólon-retal para contenção química de jiboias Boa constrictor Linnaeus, 1758 com teste de influência da droga sobre o sistema renal
Rodrigues, Tatiale OSantos, André L. QPereira, Paulo V. RSiqueira, Sthéfani ERodrigues, Thaís C. SGuimarães, Ednaldo C
Por serem frequentes na clínica de animais silvestres, faz-se necessária a manipulação de jiboias e para isso, indispensável o conhecimento sobre as manobras precisas para o tratamento das possíveis afecções. Quando se opta pela contenção química, ou pela realização de procedimentos cirúrgicos, um dos fármacos utilizados na anestesia de serpentes é a cetamina. Viu-se a necessidade de buscar uma via alternativa, semelhante em eficácia às tradicionais para a contenção química, porém que minimizasse os riscos e efeitos adversos encontrados na sua execução. O presente trabalho sugere que a via retal seja esta alternativa, por isso, treze jiboias foram submetidas à administração de 70mg/kg de cloridrato de cetamina, com sonda uretral, através da cloaca até o cólon-reto. Foram avaliados, nos tempos 0, 10, 20, 30, 40, 50, 60, 70, 80, 90 e 120 minutos, a partir da administração do fármaco, os seguintes parâmetros: frequência cardíaca, relaxamento muscular e mobilidade, resistência à contenção ou manipulação e reação postural de endireitamento. Foi realizada coleta de 0,5mL de sangue por punção do seio venoso paravertebral cervical, antes da administração do fármaco, no dia seguinte e após nove dias. Foram dosadas as concentrações plasmáticas de cálcio, fósforo e ácido úrico de todos os exemplares a fim de verificar o perfil bioquímico renal e avaliar a influência do fármaco neste sistema. Não foram observadas alterações bioquímicas plasmáticas durante o período de avaliação. Foi possível promover a contenção química das jiboias Boa constrictor, utilizando cloridrato de cetamina pela via cólon-retal.(AU)
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