VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 2246-2253

Uso de enxerto cortical alogênico preservado em glicerina como espaçador no avanço da tuberosidade tibial em 34 cães

Gomes Junior, Deusdete COriá, Arianne PVieira, João Victor RBarbosa, Sirlene FEstrela-Lima, AlessandraDórea Neto, Francisco A

O ligamento cruzado cranial é o principal responsável pela estabilidade do joelho, impedindo o deslocamento da tíbia cranial em relação ao fêmur. A deficiência neste ligamento (CCLD) pode causar subluxação da tíbia e disfunção do membro pélvico devido à sobrecarga. As osteotomias tibiais estão entre as técnicas cirúrgicas mais atuais para o tratamento de CCLD em cães e proporcionam a estabilidade dinâmica por meio da modificação da geometria óssea da distribuição das forças que atuam sobre a articulação. O objetivo desse estudo é descrever o uso do enxerto ósseo cortical alogênico conservado em glicerina como espaçador no avanço da tuberosidade tibial (TTA) para o tratamento do CCLD. Para isso, 34 cães submetidos à cirurgia de TTA foram avaliados, sendo 23 machos (67,35%) e 11 fêmeas (32,35%). Os procedimentos curúrgicos aconteceram entre maio de 2011 e outubro de 2015. Com relação ao procedimento cirúrgico após a osteotomia da tuberosidade tibial, um disco alogênico cortical, em forma de cunha serrada, conservado em glicerina com proporções de 2 x 1mm foi aplicado como espaçador possibilitando a TTA. Avanços de 3 a 12mm foram executados, dependendo da necessidade do paciente. Para animais com luxação da patela, realizou-se a trocleoplastia e a TTA para a correção do desvio. A idade média dos animais foi de 6,67±3,58 anos e pesos médios de 15,16±12,97kg. Cães sem raça definida, Poodles e Yorkshire Terriers foram os mais afetados. Dos 36 joelhos avaliados, 11 (30,56%) foram associados a algum processo traumático e em 25 (69,44%) não havia nenhuma relação com um trauma prévio. Dos ferimentos, 20 (55,56%) aconteceram no membro direito e 16 (44,44%) no esquerdo, sendo que dois animais apresentavam CCLD bilateralmente. Os animais tiveram suporte contínuo, discreto movimento de gaveta e compressão tibial negativa 15 dias após a cirurgia. Aos 30 dias, 26 casos tinham suporte firme (FS); aos 45 dias, 24 casos tinham FS e oito casos sem claudicação (WC).(AU)

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