VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 2019-2022

Criopreservação de linfócitos para estudos imunológicos em equinos

Siqueira, Renata FFernandes, lson Roberto

A utilização de células congeladas possibilita estudos sobre doenças e outros ensaios imunológicos, pois facilita a logística de coleta e transporte, inclusive para laboratórios localizados em cidades diferentes ou outros países. Os objetivos desse estudo foram verificar se o armazenamento sobre refrigeração em diferentes tempos e a criopreservação alteram a viabilidade de leucócitos totais e se a relação entre LT CD4/CD8 é afetada pelo processo de congelamento. Utilizou-se sangue venoso de 15 cavalos hígidos e o experimento foi dividido em 2 etapas. Na primeira foi analisado se houve alteração na viabilidade dos leucócitos provenientes de amostras de sangue armazenadas em diferentes tempos em geladeira antes e depois de 6 meses de congelamento a -80°C. Na segunda parte, realizou-se a imunofenotipagem dos linfócitos T, com a finalidade de observar se após o descongelamento a relação entre LT CD4 e LT CD8 sofre alteração. Não houve diferença entre a quantidade de leucócitos viáveis da amostra de sangue fresco descongelado em relação ao sangue fresco antes do congelamento, nem diferença entre a viabilidade do sangue deixado em congelador (4°C) por 24 horas e do sangue fresco. Houve uma diminuição da viabilidade dos leucócitos, após o descongelamento de 6 meses (-80°C), das amostras de sangue deixado em geladeira por 48 horas antes do congelamento em relação às outras amostras, porém, a recuperação foi de células x107. Quanto à imunofenotipagem de linfócitos T com dupla marcação CD2CD4+ e CD2CD8+, no sangue armazenado em geladeira por 24 horas antes do congelamento, e não foi observada diferença entre antes ou depois de 6 meses de congelamento. Conclui-se que a criopreservação de leucócitos totais de equinos é possível e, embora tenha havido diferença entre os tempos de congelamento, mesmo na amostra menos viável, houve recuperação de uma quantidade de células suficientes para outros ensaios imunológicos.(AU)

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