VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 2117-2123

Biópsia pulmonar com agulha cortante guilhotinada e pinça de biopsia por toracoscopia transdiafragmática em cães com alterações pulmonares

Fratini, Letícia MGomes, CristianoQueiroga, LucianaSantos, Fabiane RFantinatti, Alexandra PPavarini, Saulo PGerardi, Daniel GBeck, Carlos Afonso C

As afecções pulmonares são comuns na rotina clínica de pequenos animais, todavia, por apresentarem sintomas inespecíficos, muitas vezes o diagnóstico dessas doenças torna-se limitado. Recursos de imagem como a radiografia e a ultrassonografia torácica são válidos como exames de triagem, mas somente a biopsia pulmonar pode possibilitar um diagnóstico específico da doença. A toracoscopia fornece um meio minimamente invasivo de diagnóstico para as doenças torácicas e oferece os benefícios de melhor iluminação e ampliação da imagem, quando comparado com a toracotomia. O presente estudo teve como objetivo avaliar as técnicas de biópsia pulmonar por meio da agulha cortante guilhotinada e da pinça de biopsia, guiadas por toracoscopia, pelo acesso transdiafragmático em cães que apresentavam imagem sugestiva de nódulo pulmonar em exame radiográfico prévio. Foram utilizados 14 cães, independente de raça, sexo, idade e peso corporal. Somente caninos com nódulos visíveis na radiografia torácica e que apresentaram condições clínicas e laboratoriais de serem anestesiados foram incluídos no estudo. Os cães foram posicionados em decúbito dorsal e foram realizados dois acessos à cavidade torácica: um primeiro portal intercostal, para introdução dos dispositivos de biopsia; e outro portal paraxifoide transdiafragmático para introdução do endoscópio. Com cada instrumento de biopsia foram coletadas três amostras do mesmo nódulo ou de nódulos macroscopicamente semelhantes e próximos quando o tamanho destes era inferior a um centímetro. Posteriormente as amostras foram encaminhadas para exame histopatológico. O tempo cirúrgico foi cronometrado da incisão ao fechamento da ferida, e todas as informações foram registradas. No pós-operatório os cães foram avaliados quanto à presença de enfisema subcutâneo, hematoma, seroma, infecção local e deiscência de pontos. Não foi necessário converter os procedimentos toracoscópicos para cirurgia convencional em nenhum dos caninos...(AU)

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