Cães errantes em fragmentos urbanos: relação entre o relato de visualização de cães errantes e fatores sociodemográficos da população local
Guilloux, Aline G. APanachão, Ligia IAlves, Ana J. SZetun, Carolina BCassenote, Alex J. FDias, Ricardo A
A presença de cães errantes está associada a impactos no meio ambiente e na saúde pública. São Paulo é uma cidade com aproximadamente 2.5 milhões de cães domiciliados e até o presente momento, não foram desenvolvidos estudos que descrevam a distribuição da população errante na cidade. Desta forma, não há suporte científico para planejar intervenções. O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre os fatores sociodemográficos e ambientais da população local com a frequência com que relataram a visualização de cães errantes em fragmentos urbanos da cidade de São Paulo. Foi definida uma amostra de conveniência composta por seis fragmentos urbanos, onde um questionário foi aplicado em uma amostra sistemática dos domicílios de cada área de estudo. Este questionário, aplicado entre outubro de 2010 e janeiro de 2011, determinou os fatores socio-econômicos de interesse e a percepção da presença de cães errantes pela população. Também foi estimada a presença de cães pelo método de marcação e recaptura fotográfica. Foi possível estabelecer uma relação entre a visualização de cães errantes pela população local e o grau de proximidade com cães e o manejo de resíduos do domicílio. Cães errantes foram observados em duas das seis áreas trabalhadas, em concordância com a maior percepção da sua presença pela população local. Intervenções nestes fatores e incentivo a guarda responsável são duas ações com potencial de contribuir para redução dos problemas causados pela presença de cães errantes.(AU)
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