Isolamento e determinação de sensibilidade e resistência a antimicrobianos de cepas bacterianas presentes na cloaca de Trachemys scripta elegans (Wied, 1839) criadas em cativeiro em Petrolina, PE
Silva Sobrinho, Fernando B. daSá, Maria da Conceição A. deGouveia, Gisele VCosta, Mateus MFaria, Marcelo D. deMilanelo, LilianeGradela, Adriana
Este estudo isolou e determinou o perfil de sensibilidade e de resistência a antimicrobianos de cepas bacterianas isoladas da cloaca de Trachemys scripta elegans (T. s. elegans) criadas em cativeiro. Após 120 dias de adaptação, amostras de swab cloacal obtidas de 20 animais adultos foram cultivadas e, após a identificação dos patógenos através de testes bioquímicos, submetidas ao teste de suscetibilidade a nove antimicrobianos. Enterobacter aerogenes (85%); Shigella spp. (10%) e Edwadsiella spp. (5%) foram isolados e identificados. Os isolados de E. aerogenes foram sensíveis à gentamicina (86%), enrofloxacina (79%), estreptomicina (50%), sulfazotrim (36%) e ampicilina (29%) e resistentes a penicilina (100%), eritromicina (93%), cefalexina (86%) ampicilina (71%) e sulfazotrim (64%). Isolados de Shigella spp. apresentaram sensibilidade à gentamicina (100%), enrofloxacina (50%), doxicilina (50%), estreptomicina (50%), ampicilina (50%), penicilina (50%) e sulfazotrim (50%) e resistência a doxicilina (50%), estreptomicina (50%), ampicilina (50%), penicilina (100%), cefalexina (50%) e sulfazotrim (50%), enquanto que os de Edwardsiella spp. foram sensíveis apenas à gentamicina (100%) e altamente resistentes (100%) aos demais antimicrobianos. Os resultados sugerem a participação de T. s. elegans na cadeia epidemiológica, como reservatório de patógenos importantes, como E. aerogenes, Shigella spp. e Edwardisiella spp., tornando importante a adoção de medidas preventivas pelo risco zoonótico que apresentam e corretas de tratamento e de controle em cativeiros e domicílios, assim como de estudos que enfoquem as características de sensibilidade e de resistência antimicrobiana dos isolados cloacais, pois a multirresistência a drogas pode ser transmitida aos humanos e comprometer o tratamento de indivíduos com doenças graves.(AU)
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