Balanço hídrico e excreção renal de metabólitos em ovinos alimentados com palma forrageira (Nopalea cochenillifera Salm Dyck)
P. Neto, JoãoSoares, Pierre CBatista, Ângela Maria VAndrade, Solano F. JAndrade, Rafael P. XLucena, Rodrigo BGuim, Adriana
Objetivou-se avaliar balanço hídrico e excreção renal de metabólitos em borregos sem raça definida, alimentados com diferentes quantidades de palma forrageira (Nopalea cochenillifera Salm Dyck), na forma in natura e em farelo. Foram utilizados 20 borregos, com peso vivo médio inicial de 20 Kg e foram distribuídos no delineamento inteiramente casualizado, sendo cinco tratamentos e quatro repetições. As dietas experimentais consistiram em uma dieta controle à base de feno de tífton, farelo de soja, suplemento mineral e calcário, os demais tratamentos visaram testar níveis diferentes de palma forrageira corrigida com ureia em duas formas: in natura e farelada e em dois níveis de substituição (50 e 100%) da matéria seca do feno de tífton. Amostras de sangue e urina foram coletadas para determinação de diferentes metabólitos e minerais e utilização de equações para obtenção dos índices de excreção urinária destes metabólitos, taxa de depuração endógena de creatinina e reabsorção de água livre de eletrólitos, além do registro de ingestão de água e volume de urina. A ingestão voluntária de água sofreu influência das dietas, sendo que os animais submetidos às dietas contendo farelo de palma e feno e farelo de palma foram superiores aos demais tratamentos. A ingestão de água via alimentos também sofreu influência da dieta, sendo maior nos animais que receberam palma in natura e farelo mais palma in natura. Com relação à ingestão total de água foi maior para os animais alimentados com dietas contendo palma in natura em relação aos demais tratamentos. As dietas experimentais influenciaram na excreção renal de metabólitos derivados purínicos e minerais, sem alterar a função renal. A presença da palma forrageira tanto na condição de farelo como in natura proporciona aumento do volume urinário sem alterar a função renal, além de que deve ser considerado como uma excelente estratégia alimentar no semiárido.(AU)
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