Levantamento epidemiológico de Neorickettsia risticii em equídeos do Estado do Rio de Janeiro
Roier, Erica C. RCosta, Renata LPires, Marcus SVilela, Joice A. RSantos, Tiago M. dosSantos, Huarrisson ABaldani, Cristiane DMassard, Carlos L
A Neorickettisiose equina (NE), também conhecida como Febre do Cavalo de Potomac, é uma doença não contagiosa causada pela bactéria Neorickettsia risticii da família Anaplasmataceae. Os objetivos deste estudo foram detectar a presença de anticorpos anti-N. risticii através da reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI) e do DNA dessa bactéria através da qPCR em equídeos de regiões de alta e baixa altitude no Estado do Rio de Janeiro, Brasil; e identificar os fatores associados com a soropositividade dos equídeos através da análise de regressão logística múltipla. A frequência de anticorpos anti-N. risticii foi de 16,05% (n=113/704). Observou-se que a idade e a região de criação foram os fatores que influenciaram a taxa de soropositividade para N. risticii nos equídeos (p < 0,05). Equídeos da região de baixada apresentaram maior soropositividade (p < 0,05; OR=5,87) quando comparado aos criados em região de montanha. A presença de caramujos na propriedade foi um fator associado a este resultado (p < 0,05; OR=2,88). Na região de baixada, animais mais jovens (p < 0,05; OR=0,06), criados em áreas secas (p < 0,05; OR=0,22) demonstraram serem fatores de proteção na detecção de anticorpos anti-N. risticii. Não foi observada a presença do DNA-alvo de N. risticii através da qPCR em nenhuma das amostras testadas. A existência de equídeos soropositivos para N. risticii demonstra a possível circulação desse agente na área estudada, e as características inerentes a idade e a região de criação dos equídeos são fatores importantes relacionados à soropositividade no estado do Rio de Janeiro.
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