Leptospirose bovina no Estado da Paraíba: prevalência e fatores de risco associados à ocorrência de propriedades positivas
Pimenta, Carla L. R. MCastro, VanessaClementino, Inácio JAlves, Clebert JFernandes, Leíse GBrasil, Arthur W. LSantos, Carolina S. A. BAzevedo, Sérgio S
Foram determinadas as prevalências de propriedades positivas e de animais positivos e identificados fatores de risco associados à leptospirose em vacas no Estado da Paraíba, Nordeste do Brasil. Foram aleatoriamente selecionadas 2.317vacas com idade ≥ 24 meses, procedentes de 450propriedades. Para o diagnóstico sorológico da infecção por Leptospira spp. foi empregado o teste de soroaglutinação microscópica (SAM), utilizando-se 24 sorovares como antígenos. Uma propriedade foi considerada positiva quando apresentou pelo menos um animal soropositivo. Das 450 propriedades investigadas 398 (89,7 por cento; IC 95 por cento = 86,6-92,2 por cento) apresentaram pelo menos um animal reagente na SAM para qualquer sorovar, e 1.349 (61,1 por cento; IC por cento = 56,6-65,4 por cento) animais foram soropositivos. O sorovar Hardjo foi o mais prevalente nas propriedades e nos animais, com frequências de 58,17 por cento e 54,69 por cento, respectivamente. Propriedade ser localizada no Sertão (odds ratio = 3,20; p = 0,003), presença de animais silvestres (odds ratio =2,89; p=0,005), não resfriar o leite (odds ratio =3,83; p=0,034) e presença de pastos alagados (odds ratio =2,36; p<0,001) foram identificados como fatores de riscos associados à prevalência de propriedades positivas. Conclui-se que a leptospirose encontra-se amplamente difundida em bovinos do Estado da Paraíba, o que reforça a necessidade de intensificação de medidas de prevenção e controle, como a vacinação dos rebanhos. De acordo com os resultados da análise de fatores de risco, sugere-se que o controle sanitário antes da introdução de animais, drenagem de áreas alagadas e melhora nas condições de manejo são importantes medidas para a prevenção da infecção.(AU)
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