Infecção pelo Torque teno sus virus (TTSuV) em diferentes categorias do ciclo de produção de suínos
Leme, Raquel de AAlfieri, Alice FAlfieri, Amauri A
A infecção pelo Torque teno sus virus (TTSuV) está presente em rebanhos suinícolas em todo o mundo. Tem sido demonstrado que a infecção pelo TTSuV pode aumentar a gravidade de outras importantes doenças virais com impactos econômicos e na saúde pública. Atualmente não há informações sobre a distribuição da infecção pelo TTSuV, de acordo com a faixa etária, em rebanhos suinícolas brasileiros. Este estudo avaliou a frequência da infecção pelo TTSuV nas diferentes categorias de produção de suínos. Amostras fecais (n=190) de suínos com 1 a 24 semanas de idade e de reprodutores provenientes 6 unidades produtoras de leitão (até 8 semanas de idade) e 9 unidades de terminação (9 semanas de idade em diante) da região oeste do Paraná, Brasil, foram avaliadas pela técnica de PCR. Fragmentos da região 5' UTR do DNA do TTSuV1 e/ou TTSuVk2 foram identificados em 126 (66,3%) amostras fecais. Diferenças significativas foram encontradas em relação às porcentagens de amostras positivas para o TTSuV1, TTSuVk2 e infecção mista por ambos os gêneros inter e intra categorias. Amostras fecais provenientes de unidades de terminação apresentaram taxas de detecção de TTSuV (90.1%; 64/71) significativamente (p<0.05) mais altas do que aquelas provenientes de unidades produtoras de leitão (52.1%; 62/119). A detecção do TTSuV em animais de terminação foi significativamente (p<0.05) mais frequente do que nos suínos de outras categorias. As sequências de nucleotídeos da UTR deste estudo apresentaram maior similaridade com cepas da Noruega (96%, TTSuV1) e Argentina e China (97,1%, TTSuVk2). Estes resultados sugerem que a infecção pelo TTSuV encontra-se disseminada em suínos de todas as categorias de produção e que a taxa da infecção viral aumenta de acordo com a idade dos animais. Na região oeste do estado do Paraná, infecções induzidas pelo TTSuV1 e TTSuVk2 foram mais frequentemente observadas em leitões de maternidade e suínos de terminação, respectivamente. A análise filogenética indicou a possibilidade de diferentes cepas de TTSuV1 e TTSuVk2 circulando em rebanhos suinícolas brasileiros.(AU)
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