Detecção e quantificação do antigeno Duffy nos eritrócitos de bovinos empregando um anticorpo policlonal
Antonangelo, Ana Teresa B. FColombi, DéboraCuri, Rogério ABraz, Antonio S. KOliveira, Trícia MMota, Lígia S.L.S. da
As doenças infecciosas e parasitárias causam perdas importantes em vários setores da produção da pecuária mundial. Estima-se que mais de 600 milhões de bovinos de países tropicais e subtropicais estejam expostos à infecção por Babesia sp. gerando grande prejuízo econômico. Os gêneros Babesia e Plasmodium são hemoparasitas pertencentes ao filo Apicomplexa e apresentam características comuns no processo de invasão eritrocitária. A babesiose bovina causada por Babesia bigemina e Babesia bovis apresenta sinais clínicos similares a malária humana causada por Plasmodium vivax e Plasmodium falciparum. A glicoproteína Duffy é a única receptora para o P. vivax em humanos. A maioria dos indivíduos negros africanos é resistente a este parasita devido a uma mutação que provoca a ausência de expressão desta glicoproteína na superfície das hemácias. Tendo em vista este fato, e que animais da subespécie Bos taurus taurus são mais susceptíveis à babesiose quando comparados à animais Bos taurus indicus, objetivou-se neste trabalho a detecção e quantificação do antígeno Duffy na superfície dos eritrócitos de bovinos empregando para tal, anticorpo policlonal que permitisse investigar se as diferenças na susceptibilidade são devido a diferentes níveis de expressão do antígeno Duffy nas hemácias. Ensaios de ELISA mostraram que o anticorpo produzido foi capaz de reconhecer o antígeno Duffy presente nas hemácias bovinas e a análise quantitativa não demonstrou diferença significativa na presença do mesmo. Estes resultados sugerem que a resistência maior dos zebuínos à babesiose não se deve à ausência de expressão, ou à presença em menor quantidade do antígeno Duffy na superfície de suas hemácias.(AU)
Texto completo