Investigação sorológica e PCR na detecção de leptospiras patogênicas em serpentes
Biscola, Natália PFornazari, FelipeSaad, EduardoRichini-Pereira, Virginia BCampagner, Michelle VLangoni, HelioBarraviera, BeneditoFerreira Junior, Rui S
A detecção de Leptospira pela técnica de PCR não havia sido descrita em serpentes. Este estudo investigou pelo teste de aglutinação microscópica (MAT) e PCR, a presença de anticorpos anti-Leptospira spp. e Leptospira spp., respectivamente, em serpentes peçonhentas e não peçonhentas de vida livre e de cativeiro. As serpentes foram divididas em três grupos para comparação: Grupo 1 (serpentes recém-chegadas da natureza - WS); Grupo 2 (serpentes em regime de cativeiro intensivo -IC) e Grupo 3 (serpentes em regime de cativeiro coletivo semi-extensivo - CC). Do total de 147 serpentes estudadas, 52 (35,4 por cento) foram positivas para leptospirose pelo MAT, as quais 8 (15,4 por cento) pertenciam ao Grupo 1 (WS), 34 (65,4 por cento) ao Grupo 2 (IC) e 10 (19,2 por cento) ao Grupo 3 (CC). Das espécies estudadas, a jararaca (Bothrops jararaca) apresentou maior soropositividade (66,7 por cento, N=22/33). O sorovar mais prevalente foi o Hardjo prajtino (88,5 por cento, N=46/52) e os títulos variaram de 100 a 3200. Leptospira interrogans foi revelada por PCR nos rins e no fígado de caiçaca (Bothrops moojeni) e de jararaca-pintada (Bothrops pauloensis), mostrando 100 por cento e 93 por cento de identidade, respectivamente. Futuros estudos devem ser realizados para melhor compreensão do papel das serpentes como reservatório de leptospiras na natureza.(AU)
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