Doença do disco intervertebral cervical em cães: 28 casos (2003-2008)
Santini, GiancarloMazzanti, AlexandreBeckmann, Diego VSantos, Rosmarini PPelizzari, CharlesPolidoro, DakirBaumhardt, Raquel
O objetivo deste estudo foi identificar cães com doença do disco intervertebral (DDIV) cervical atendidos no Hospital Veterinário Universitário (HVU) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) entre janeiro de 2003 e outubro de 2008 e obter informações a respeito de raça, sexo, idade, sinais neurológicos, resposta ao tratamento cirúrgico, complicações, tempo de recuperação funcional após a cirurgia e ocorrência de recidiva. Hiperestesia cervical foi observada em todos os cães (n=28). Quanto ao grau de disfunção neurológica foram verificados: grau I (8/28[28,5 por cento]), grau II (3/28 [10,7 por cento]), grau III (5/28[17,8 por cento]) e grau V (12/2 [42,8 por cento]). A duração dos sinais neurológicos antes da cirurgia em sete cães (25 por cento) permaneceu por até 15 dias, em 14 cães (50 por cento) entre 15 e 30 dias e nos outros sete cães (25 por cento) por mais de 30 dias. A recuperação satisfatória e sem recidiva foi observada em todos os cães submetidos ao tratamento cirúrgico e que sobreviveram (n=21). Pode-se concluir que a DDIV cervical em nossa rotina acomete principalmente cães adultos, machos, de raças condrodistróficas e não condrodistróficas, incluindo as de grande porte; a hiperestesia cervical é a principal manifestação clínica; a técnica de fenda ventral promove recuperação funcional satisfatória e sem recidiva; as principais complicações trans-operatórias são a hemorragia do plexo venoso, a bradicardia e a hipotensão; e a duração dos sinais clínicos não interfere no tempo de recuperação pós-operatória dos cães.(AU)
Texto completo