Perfil microbiológico, celular e fatores de risco associados à mastite subclínica em cabras no semiárido da Paraíba
Neves, Patrícia BMedeiros, Elizabeth SSá, Valezka VCamboim, Expedito K. AGarino Júnior, FelícioMota, Rinaldo AAzevedo, Sérgio S
Foi realizado um estudo da mastite subclínica em nove rebanhos de cabras leiteiras no semiárido paraibano com o objetivo de determinar a ocorrência da infecção, avaliar o perfil microbiológico e celular do leite, testar a sensibilidade dos microorganismos isolados frente a antimicrobianos além de identificar os fatores de risco. Foram utilizadas 131 cabras leiteiras das quais foram colhidas 261 amostras de leite para exame microbiológico e 131 para contagem de células somáticas (CCS). Na ocasião das colheitas foi realizado o California Mastitis Test (CMT) e aplicado um questionário epidemiológico por propriedade. Houve crescimento bacteriano em 30 amostras (11,49 por cento) com 25 (83,33 por cento) dos isolados identificados como Staphylococcus coagulase negativa e cinco (16,66 por cento) Staphylococcus aureus. A média de CCS foi de 1,39x10(6) células/ml. O CMT apresentou baixa sensibilidade (46,7 por cento) e baixa especificidade (60,6 por cento) quando comparado ao exame microbiológico. A gentamicina e a associação da neomicina, bacitracina e tetraciclina foram os antimicrobianos contra os quais os microrganismos isolados apresentaram 100 por cento de sensibilidade. Penicilina e ampicilina foram os de maiores índices de resistência (66,67 por cento e 63,89 por cento, respectivamente). A caprinocultura não ser a atividade principal da propriedade e o não isolamento de animais doentes, foram identificados como fatores de risco para a mastite subclínica caprina nas propriedades estudadas. Programas de controle e profilaxia da mastite devem ser implementados enfocando as medidas de higiene na ordenha e correção dos fatores de risco identificados nesse estudo.(AU)
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