Fatores de risco para a leptospirose em fêmeas bovinas em idade reprodutiva no Estado da Bahia, Nordeste do Brasil
Oliveira, Flávia C. SAzevedo, Sérgio SPinheiro, Sônia RBatista, Carolina S. AMoraes, Zenaide MSouza, Gisele OGonçales, Amane PVasconcellos, Sílvio A
Foram identificados fatores de risco associados à leptospirose em fêmeas bovinas em idade reprodutiva no Estado da Bahia. Foram amostradas aleatoriamente 10.823 fêmeas bovinas com idade igual ou superior a 24 meses procedentes de 1.414 propriedades. Para o diagnóstico sorológico da infecção por Leptospira spp., foi utilizada a Soroaglutinação Microscópica (SAM) utilizando 24 sorovares como antígenos. Um rebanho foi considerado foco quando apresentou pelo menos um animal soropositivo. Das 1.414 propriedades investigadas, 1.076 (77,9 por cento; IC 95 por cento = 75,7-80,0 por cento) apresentaram pelo menos um animal reagente na SAM para qualquer sorovar. O sorovar Hardjo (Hardjoprajitno) foi o mais prevalente, com 34,49 por cento (IC 95 por cento = 31,97-37,14 por cento) das propriedades positivas. Presença de mais de 28 fêmeas bovinas em idade reprodutiva no rebanho (OR=2,11; p<0,001), presença de cervídeos (OR=2,02; p=0,010), compra de animais (OR=1,57; p<0,001), abate de animais na própria fazenda (OR=1,58; p=0,030) e utilização de partos compartilhados (OR=1,63; p<0,001) foram identificados como fatores de risco para leptospirose por qualquer sorovar. Os fatores de risco para leptospirose pelo sorovar Hardjo (Hardjoprajitno) foram a presença de suínos (OR=1,28; p=0, 040) e a compra de animais (OR=1,48; p<0,001).(AU)
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