Caracterização da mastite subclínica em caprinos produzidos em sistema orgânico no Rio Grande do Sul
Schmidt, VerônicaPinto, Andrea TrollerSchneider, Roger NetoSilva, Fabiana F. P. daMello, Fernanda Assaife de
O leite e derivados são reconhecidos como veículos de patógenos para humanos, secundário a contaminação pós-ordenha ou de infecções do próprio animal, particularmente na mastite. Foi estudada a ocorrência de mastite e aspectos do manejo em cabras de três propriedades criadas em sistema orgânico. O exame clínico da glândula mamária de 64 cabras em diferentes períodos de lactação, não acusou a presença de mastite clínica. Entretanto, o Califórnia Mastitis Test (CMT) identificou 54 (22,7 por cento) metades mamárias reagentes (+ ou ++). Foram colhidas 238 amostras de leite, das quais houve isolamento bacteriano em 37 (15,6 por cento). Em apenas oito amostras houve coincidência entre o isolamento bacteriano e o resultado do CMT, indicando sensibilidade de 21,6 por cento para este teste no diagnóstico de mastite subclínica em caprinos. Staphylococcus coagulase negativa (SCN) foi o microrganismo mais freqüente (83,8 por cento). O teste de sensibilidade microbiana in vitro revelou resistência das linhagens de SCN ao cotrimoxazol (50 por cento), ampicilina (48,1 por cento), nitrofurantoína (7,7 por cento), cefaclor (7,14 por cento) e oxacilina (3,85 por cento). Cefalotina, gentamicina, neomicina, estreptomicina e tetraciclina foram os antimicrobianos mais efetivos frente aos isolados. Não se evidenciou relação entre a ocorrência de mastite subclínica com a raça, a fase de lactação, sistema de ordenha ou qualidade da água utilizada nas propriedades.(AU)
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