Doenças de aves selvagens diagnosticadas na Universidade Federal do Paraná (2003-2007)
Santos, Gizah G. CMatuella, Guilherme ACoraiola, Angela MaraSilva, Luana C. SLange, Rogério RSantin, Elizabeth
Dentre os 253 atendimentos realizados em aves selvagens entre agosto de 2003 a agosto de 2006 no Ambulatório de Animais Selvagens do Hospital Veterinário da Universidade Federal do Paraná, 45 casos (17,8 por cento) referiram-se a consultas à espécie Serinus canarius (canário-belga). Dentre as aves atendidas e suas respectivas ordens obteve-se uma maior ocorrência da ordem Psittaciforme. As enfermidades mais freqüentemente visualizadas foram as afecções traumáticas com 56 casos (22,13 por cento). Destas, 17 animais (30,91 por cento) possuíam algum tipo de fratura, sendo a fratura rádio-ulnar a mais comum, com 17,65 por cento de ocorrência. As outras moléstias mais relatadas foram a presença de ectoparasitos (12,50 por cento) e endoparasitos (10,68 por cento), doenças respiratórias (10,42 por cento), procedimentos preventivos (7,55 por cento), afecções dermatológicas (6,51 por cento), neoplasias (4,95 por cento), afecções oftálmicas (4,43 por cento), afecções gastrintestinais (3,91 por cento), caquexia (3,39 por cento), afecções neurológicas (2,86 por cento), automutilação (2,86 por cento), obesidade (2,34 por cento), agressão por outros animais (1,56 por cento), doenças nutricionais (1,30 por cento), retenção de ovo (1,04 por cento), bouba aviária (0,78 por cento) e gota úrica (0,52 por cento). Tendo em vista a alta prevalência de traumatismos e presença de ecto e endo parasitas que poderiam ser evitados se estivesse ocorrendo um manejo adequado com a ave, sugere-se a necessidade que o Médico Veterinário assuma um papel mais efetivo na Medicina Veterinária Preventiva buscando informar e debater questões referentes ao modo correto de alimentação, criação e manejo das aves, assim como também o esclarecimento acerca das questões referentes às zoonoses quando da consulta veterinária.(AU)
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