VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 261-268

Intoxicações por plantas e micotoxinas associadas a plantas em bovinos no Rio Grande do Sul: 461 casos

Rissi, Daniel RRech, Raquel RPierezan, FelipeGabriel, Adriane LTrost, Maria EBrum, Juliana SKommers, Glaucia DBarros, Claudio S. L

Foi realizado um levantamento nos arquivos do Laboratório de Patologia Veterinária (LPV) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e revisados os laudos de necropsias de bovinos realizadas entre 1990 e 2005. Foram revisados 2.912 casos referentes a necropsias realizadas por membros do LPV ou a materiais de necropsias realizadas por veterinários de campo que enviaram amostras para avaliação histológica no LPV. Em 461 (15,83 por cento) das necropsias, a causa da morte foi atribuída à ingestão de plantas tóxicas. Em ordem decrescente de freqüência, intoxicações pelas seguintes plantas foram diagnosticadas: Senecio spp (56,14 por cento), Pteridium aquilinum (12,06 por cento), Ateleia glazioviana (10,31 por cento), Solanum fastigiatum (5,04 por cento), Baccharis coridifolia (3,29 por cento), Xanthium cavanillesii (3,07 por cento), Senna occidentalis (2,63 por cento), Ramaria flavo-brunnescens (2,41 por cento), Amaranthus spp (2,19 por cento), Vicia villosa (1,54 por cento), Ipomoea batatas, Prunus sellowii e polpa cítrica (0,44 por cento cada), Cestrum parqui, Claviceps paspali, Claviceps purpurea, Brachiaria spp e Lantana sp (0.22 por cento cada). Em um determinado surto o número de bovinos afetados era substancialmente maior que o número de necropsias realizadas. São discutidos os aspectos relacionados à distribuição geográfica, fatores que induziram a ingestão, índices de morbidade, mortalidade e letalidade, sinais clínicos, achados de necropsia e histopatológicos para cada intoxicação. Quando conhecidos, foram incluídos na discussão aspectos relacionados ao princípio ativo e a patogenia da intoxicação.(AU)

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