VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 54-58

Avaliação a campo da segurança para vacas prenhes e capacidade de disseminação horizontal de uma vacina diferencial recombinante contra o Herpes-vírus Bovino tipo 1 (BoHV-1)

Spilki, Fernando RSilva, Alessandra DBatista, Helena Beatriz C. RuthnerOliveira, Ana PWinkelmann, EvandroFranco, Ana CPorciúncula, Jorge ARoehe, Paulo Michel

Infecções pelo herpesvírus bovino tipo 1 (BoHV-1) são importantes causas de doença respiratória, reprodutiva e abortos em bovinos. A vacinação é freqüentemente empregada para minimizar as perdas produzidas pela infecção. Todavia, a imunização de vacas durante a prenhez com algumas vacinas contendo vírus vivo modificado (MLV) pode ocasionalmente causar abortos. Em trabalho prévio, nosso grupo desenvolveu uma vacina recombinante de BoHV-1 construída a partir de um isolado brasileiro de BoHV-1 (Franco et al., 2002a) do qual o gene que codifica para a glicoproteína E (gE) foi artificialmente deletado. Tal recombinante (gE-) vem sendo avaliado como vacina diferencial, isto é, capaz de permitir a diferenciação entre animais vacinados e infectados. No presente estudo, o potencial de disseminação do vírus recombinante foi avaliado em um rebanho de gado de corte, em condições de campo. Para tanto, a segurança da vacina gE- quando aplicada durante a prenhez foi avaliada pela inoculação intramuscular de 107,4 doses infectantes para 50% dos cultivos celulares (DICC50) do vírus em 22 fêmeas prenhes (14 previamente soronegativas e 8 previamente soropositivas para BoHV-1) em diferentes fases da gestação. Outras 15 vacas prenhes foram mantidas como controles não-vacinados. Não ocorreram abortos, natimortos ou anormalidades fetais em nenhum dos grupos. Soroconversão foi observada nas fêmeas vacinadas previamente soronegativas. Em um segundo experimento, 4 novilhas foram inoculadas pela via intranasal com 107,6 DICC50 do vírus recombinante, sendo mantidos em contato com 16 novilhas em uma área de campo, a uma densidade de 1 animal por hectare. Os animais foram monitorados quanto à presença de sinais clínicos; amostras de soro foram coletadas nos dias 0, 30, 60 e 180 após a vacinação. Soroconversão foi observada apenas nos animais vacinados e não nos contatos...(AU)

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