Comparação de três métodos de diagnóstico para detecção de leptospiras em rins de camundongos selvagens (Mus musculus)
Rossetti, Carlos AVanasco, Bibiana NPini, NoemíCarfagnini, Julio C
Foram capturados 41 camundongos (Mus musculus) na região urbana, próximo à ferrovia da cidade de Santa Fé, Argentina. Os rins de cada animal capturado foram removidos para estudos bacteriológicos e histológicos. Um dos rins foi imerso em meio semi-sólido de Fletcher para isolamento de leptospiras, as quais foram serologicamente tipificadas. O outro rim foi microscopicamente examinado por coloração de cortes histológicos pela hematoxilina-eosina, impregnação pela prata e imunohistoquímica. Leptospiras pertencentes ao serogrupo Ballum foram isoladas em 16 (39%) das 41 amostras availadas. A presença do agente foi observada em 18 (44%) e 19 (46%) das 41 amostras avaliadas por impregnação pela prata e imunohistoquímica, respectivamente. Leptospiras foram detectadas em grande numero na superfície apical das células epiteliais e no lumen dos túbulos medulares e foram menos frequentemente encontradas na superficie apical de células epiteliais ou no lúmen dos túbulos corticais, o que é considerado achado raro em animais portadores. Lesões microscópicas consistindo de nefrite mononuclear intersticial focal, atrofia glomerular e descamação das células tubulares epiteliais foram observadas em 13 dos 19 animais infectados e em 10 dos 22 animais não infectados. Não houve diferença estatisticamente significativa entre presença de lesões em animais infectados e não infectados (P=0,14). As três técnicas empregadas, isolamento, impregnação pela prata e imunohistoquímica, apresentaram alta concordância (k 0,85) e não apresentaram diferenças estatisticamente significativas (P>0,05). Esse trabalho descreve a presença incomum de leptospira em rins de animais portadores, porém com esse estudo não foi possível estabelecer uma relação entre lesões e presença de leptospira. (AU)
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