Soroprevalência de babesia bigemina em bovinos na mesorregião Norte Fluminense
Souza, José Carlos PSoares, Cleber OScofield, AlessandraMadruga, Claudio R
Investigou-se a soroprevalência de anticorpos anti Babesia bigemina em bovinos de nove municípios na mesorregião Norte Fluminense, estado do Rio de Janeiro. Realizou-se o ensaio de imunoadsorção enzimática (ELISA) indireto em 532 amostras de soro de bovinos. A análise soroepidemiológica revelou que 371 (69,74) foram reagentes positivos ao ELISA indireto, dos quais: 32,33 com título de 1:500, 22,56 com título de 1:1000, 10,90 com título de 1:2000, 3,38 com título de 1:4000, 0,38 com título de 1:8000, 0,19 com título de 1:16000 e 30,26 foram negativos. A análise da prevalência segundo a faixa etária foi realizada dividindo-se em três grupos etários: 1 a 3 anos (n= 110), 3 a 6 anos (n= 241) e maior que 6 anos (n= 181), onde 73,64, 69,30 e 67,95 dos animais foram positivos, respectivamente. Segundo a aptidão zootécnica 68,47 dos bovinos com aptidão para corte (n= 444) e 76,14 dos bovinos com aptidão para leite (n= 88) foram positivos. Em relação ao sexo, 69,82 das fêmeas (n= 497) e 68,57 dos machos (n= 35) foram positivos. Não houve diferença significativa entre os grupos etários, entre as aptidões e entre os sexos (P>0,05). A prevalência entre os municípios diferiu significativamente (P<0,0001), demonstrando que a infecção por B. bigemina em bovinos não é homogênea na mesorregião. A soroprevalência encontrada caracteriza esta mesorregião como uma área de instabilidade enzoótica. Nesta circunstância epidemiológica justifica-se o controle da enfermidade com o acompanhamento sorológico para identificação dos animais expostos a condição de risco. (AU)
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