Inércia uterina e maceração fetal após aplicação incorreta do acetato de medroxiprogesterona em gata: relato de caso
Araujo, Michelle SilvaDias, Marianne CamargosBelotta, Alexandra FreyVolpato, RodrigoSouza, Priscilla Macedo deBicudo, Sony Dimas
O acetato de medroxiprogesterona (MA) é administrado em cadelas e gatas para supressão do estro. Porém, seu uso na gestação pode levar à distocia, salientando a importância em discutir os seus prováveis mecanismos de ação. Avaliou-se o caso de uma gata com secreção vaginal purulenta e não desencadeamento do parto, após aplicação do MA na gestação. Foi diagnosticada mace ração fetal e realizada ovariosalpingohisterectomia (OSH), com resolução da afecção. Os mecanismos pelos quais os progestágenos promovem a quiescência uterina ainda não são completamente conhecidos. Em outras espécies sugere-se ação nos níveis intracelulares de cálcio e de relaxina; nos receptores para ocitocina e na síntese de prostaglandina. No caso relatado, acredita-se que o MA inibiu a contração uterina e a abertura cervical desencadeou a maceração fetal.(AU)